Ela estava ali, na beira do penhasco. Sozinha, olhava para trás e via aquela paisagem límpida, com os ipês amarelos, e as folhinhas caindo sobre o chão, trazendo uma sensação de conforto, tranquilidade.
Ela podia voltar, mas continuava na beira do penhasco, olhando para baixo. Aquela visão turva, profunda, trazendo o tremor as suas pernas.
Apesar da possibilidade da escolha, já não cabia mais a ela voltar. Foi ato de coragem chegar até ali, e o caminho trabalhoso.
Restava apenas a decisão de pular.
O "enfrentar", quanta força neste verbo!
Fechou os olhos, agora era necessário apenas a visão da alma, somente assim seria possível enxergar o que estava a sua frente.
Na ponta dos pés, foi abrindo os seus braços, inclinando o seu corpo... e aquelas vozes que a pediam para desistir foram silenciando.
Pulou, mas o efeito não era o de estar caindo. Descobriu que tinha asas e aprendeu que já sabia usá-las.
O penhasco era na verdade a visão dos seus medos, antes de enfrentá- los ela estava aprisionada aos limites impostos por cada sensação de insegurança e consolada por dias resumidamente cômodos.
Enfrentou os seus medos e descobriu a liberdade.
Oi,
ResponderExcluirComo tem passado.
Gostei muito do seu texto!!!
Acho que inevitavelmente vivemos a beira desse Penhasco. muitas vezes queremos pular, em outras temos o mais profundo medo...
Mas enfrentá-lo é sempre o melhor caminho!
Beijos.
Liberdade é o que precisamos sempre!
ResponderExcluirsim, Mara e Elaine. A LIBERDADE é o que precisamos, e é mais preciso ainda saber o que fazer com ela.
ResponderExcluirAbraços