Relacionamentos amorosos devem ser mesmo os mais complexos, ali dois mundos podem tanto se fundir como se chocar.
E acho que esses dois momentos fazem mesmo parte da dinâmica da relação, e também faz parte aqueles momentos que de tempos em tempos se faz necessário avaliar se a decisão diária de estar ao lado do outro faz sentido ou tornou-se apenas rotineira.
Não temos domínio pelo outro, o resultado é para os dois, mas a escolha é individual.
Admiro as relações que dão certo, que superam as dificuldades da adaptação desses dois mundos, que ao longo dos anos desenvolvem uma real parceria.
Mas, o caminho é longo e não é feito apenas de sorrisos, frases bonitas e companhia. Ao trilhar esse caminho, em alguns momentos vamos olhar para o outro e nos sentir sozinhos, e o que vai decidir se devemos ficar ou partir é a vontade de continuar fazendo companhia ao outro. Porque o amor tem disso, tem a necessidade de fazer pelo o outro, de não deixá-lo.
É difícil olhar para o mundo do outro e não querer que seja igual ao nosso. Mas, esse mundo carrega uma história de vida, traz experiências, aprendizados e necessidades que nem sempre são de fácil compreensão. É difícil compreender o que não se viveu.
As interrogações fazem parte do caminho. Algumas podem ser decisivas, podem nos levar a compreender que esses dois mundos precisam seguir caminhos distintos. Mas, há também as interrogações que não nos impedem de seguir, que fazem parte da construção de um amor que não é feito apenas de aparências. O amor não é cego, ele reconhece as divergências existentes entre estes dois mundos e a possibilidade de os interagir através do mútuo aprendizado.
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