EU SOU

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São José dos Campos, SP, Brazil
“A vida é a descoberta de quem somos."
Se até o SiLêNcIo guarda em si pAlAvRaS caladas. O que deve haver sem as palavras?

...Nos meus intervalos, eu passo por aqui...

Revelo a colheita do que plantei durante o dia,

Faço uma breve análise do que está em mim ou do que se passa ao meu redor,

Ou simplesmente deixo fragmentos de sonhos...

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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Penhasco



Ela estava ali, na beira do penhasco. Sozinha, olhava para trás e via aquela paisagem límpida, com os ipês amarelos, e as folhinhas caindo sobre o chão, trazendo uma sensação de conforto, tranquilidade.
Ela podia voltar, mas continuava na beira do penhasco, olhando para baixo. Aquela visão turva, profunda, trazendo o tremor as suas pernas.
Apesar da possibilidade da escolha, já não cabia mais a ela voltar. Foi ato de coragem chegar até ali, e o caminho trabalhoso.
Restava apenas a decisão de pular.
O "enfrentar", quanta força neste verbo!
Fechou os olhos, agora era necessário apenas a visão da alma, somente assim seria possível enxergar o que estava a sua frente.
Na ponta dos pés, foi abrindo os seus braços, inclinando o seu corpo... e aquelas vozes que a pediam para desistir foram silenciando.
Pulou, mas o efeito não era o de estar caindo. Descobriu que tinha asas e aprendeu que já sabia usá-las.

O penhasco era na verdade a visão dos seus medos, antes de enfrentá- los ela estava aprisionada aos limites impostos por cada sensação de insegurança e consolada por dias resumidamente cômodos.
Enfrentou os seus medos e descobriu a liberdade.



Rose David
30 de setembro de 2010.

3 comentários:

  1. Oi,
    Como tem passado.
    Gostei muito do seu texto!!!
    Acho que inevitavelmente vivemos a beira desse Penhasco. muitas vezes queremos pular, em outras temos o mais profundo medo...
    Mas enfrentá-lo é sempre o melhor caminho!
    Beijos.

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  2. sim, Mara e Elaine. A LIBERDADE é o que precisamos, e é mais preciso ainda saber o que fazer com ela.
    Abraços

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